segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Era o Vinho

Bom dia,

há algum tempo, basicamente quando vim do hospital a primeira vez (Julho do ano passado) decidi comprar uma prenda para mim mesmo já que tendo partido a cabeça no meu dia de aniversário toda a gente se safou me dar uma prenda! Já que na altura não podia voltar logo para a universidade comprei uma guitarra eléctrica.
Claro que a coisa não correu muito bem porque passado pouco tempo não conseguia mexer a mão direita. Podia ter treinado fazer acordes à mesma mas na altura não andava com muita cabeça. Um ano depois, quando voltei para cá, ter muito tempo livre fez com que voltasse a tentar tocar (isso e ter aqui uma guitarra).
Demorei imenso tempo só a aprender como passar de um acorde para o outro (o que não acontece completamente bem ainda) mas depois disso tem que se começar a tentar tocar alguma coisa. As primeiras músicas foram a Hey Ya dos Outcast (muito Zé Bode), as Dunas dos GNR a Hurt do Johnny Cash (conseguem ver a evolução?) e agora ando a tentar a Hallelujah do Jeff Buckley. 
Músicas estranhas talvez digam (e mais se conhecerem quão estranho sou às vezes). Mas houve um dia que voltei para casa meio com os copos e pensei, "queria ouvir aquelas músicas de infância". Tipo esta:


Claro que tenho de justificar porque é que esta é uma música de infância. Não é que bebesse vinho na altura claro, mas sempre que havia um aniversário ou uma outra festa qualquer, um tio meu daqueles mesmo porreiros, o Vitor das Alhadas, bebia uns copos (ele e toda a gente) e começava a cantar isto. A minha mãe alinhava sempre e era cómico, mesmo na altura não percebendo porque haviam de achar piada à música. (Isto talvez explique um pouco o meu comportamento quando saio mas se há alguma coisa a dizer é: "obrigado família").
Ainda não arranjei os acordes para tocar isto mas quando passar por Portugal arranjo quem me diga. Deixo aqui só a letra para quando tiverem uma festa começarem a fazer a coisa em condições,

"Era o vinho, meu Deus era o vinho
Era a coisa que eu mais adorava
Só por morte meu Deus, só por morte
Só por morte o vinho deixava

Ai minha sogra quando morreu
Ai levou o diabo com ela
Ai deixou-me a chave da adega
Ai mas o vinho bebeu-o ela

Ai eu hei-de morrer numa adega
Ai com um copo de vinho na mão
Ai o vinho é minha mortalha
Ai a pipa é meu caixão"


Vá, um abraço e bons futuros festejos,

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