terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

"Grading is degrading"

Bons dias,

este novo semestre tem sido um bocado agressivo (e por isso é que tenho escrito menos). Passei de andar por aqui a estudar muito de vez em quando e ir tendo umas conversas com o Miles sobre matemática a um horário algo como:

Segundas, Terças e Sextas uma aula do Miles  sobre Geometria Algébrica para pessoas a fazer o doutoramento.
Segundas duas horas sobre construção de ideias Gorenstein de codimensão quatro.
Terças e Quintas uma hora de supervisão a cinco putos do primeiro ano.
Terças e Quintas também, um seminário entre os doutorandos de Geometria Algébrica sobre um artigo ou livro que achemos interessante (agora tem sido sobre Riemann-Roch por Borel e Serre).
Segunda dou uma hora de aula prática sobre Anéis e Módulos a putos do terceiro ano.
(e claro que pelo meio devo escrever uma tese de Doutoramento)

Pela primeira vez em anos fico com a sensação que agora estou a trabalhar mais a sério no Doutoramento, o que até vai um pouco contra o que eu pensava... porque digamos a verdade, sempre disse (desde pequeno) que havia de arranjar um trabalho que não me desse mais esforço do que levantar uma caneta. Mas agora levanto tanto a caneta que até isso me começa a custar. Isto dito assim até pode levar a pensarem que eu estou a fazer um trocadilho manhoso mas não... a outra caneta até gosto de levantar mas não consigo fazer dinheiro à conta disso...

Bacoradas à parte, está a ser um semestre excelente. Há uns anos tinha tentado dar aulas e foi horrível... Os putos iam às aulas práticas e limitavam-se a copiar o que escrevia no quadro sem nunca fazer uma única pergunta ou o mínimo esforço para tentar trabalhar nos problemas... Era muito chato e na altura eu dizia que nunca mais voltava a dar aulas até ser mesmo obrigado. E foi o que aconteceu agora...
Passaram quase dois anos desde essas aulas espectaculares e não sei se é por os miúdos serem um ano mais velhos, se é porque eu parti a cabeça e sou mais Zé Bode a dar as aulas agora ou se é porque Anéis e Módulos é um tema muito interessante... Seja como for, agora até acho engraçado... Preparo as aulas muito menos do que preparava antes, vou para lá resolver os problemas com eles, o que às vezes não funciona assim tão bem mas mesmo eles acho que estão a gostar do sistema (hoje tinha o dobro dos alunos do que tenho normalmente). Dito isto, dar aulas até é bom... mas "Grading is degrading" (by João Nuno).

Normalmente vão aí umas 7 pessoas às aulas e eu até me dava bem com eles (são simpáticos e esforçam-se um bocadinho)... Mas de repente descobri que não são 7 trabalhos que tenho de corrigir. Pelos vistos há muitas pessoas que não vão às aulas (acho que a Clementino se está a rir) e quando digo muitas pessoas é algo tipo 50! Recebi os trabalhos há umas semanas (que eu tenho que corrigir sozinho) e em vez dos 7 ou 8 que eu estava à espera... aparecem 50! Fdx! Já não quero dar mais aulas de novo... até ao dia que tenha um escravo de doutoramento que corrija aquela tralha toda por mim...

Se tiverem tempo livre e até à Páscoa me quiserem vir visitar estejam à vontade... Mil trabalhos para partilhar (por falar nisso acho que o João Nuno vem cá este fim de semana visitar está fodido... não lhe digam nada)

Um abraço e até depois (tenho de ir corrigir merdas),

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Drummers do it better

Caros Leitores, O meu nome é Zé e sou o terceiro da linhagem Dias. Recentemente recebi uma guitarra como prenda, mas não é sobre isso que quero conversar com o mundo, o que eu quero realmente partilhar é os meus dotes de percursionista. Para quem não sabe um percursionista é aquele que faz barulho com uma baqueta em cada mão, para os mais entendidos por vezes duas, mas eu ainda não tenho tanta perícia. Como percursionista que sou também toco tambor com as mãos, e este tipo é a minha maior influência musical:


Procura-se voluntárias que queiram contribuir para o sucesso da minha carreira musical.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Sobre a Igreja

Bons dias,

tinha escrito um comentário gigante que provavelmente iria fazer com que toda a gente da Bajouca olhasse para mim de lado. Decidi apagar tudo e deixar só um video (que vale bastante a pena ver):


Como é dito a meio, se a religião católica ainda seguisse as ideias com que Jesus (hipoteticamente) a fundou, então nunca ninguém se poderia queixar. Mas hoje em dia já vivemos em tempos diferentes, já não se defende a religião até à morte... agora é só até à reforma ou até as dores de costas chegarem.

Um abraço (e espero não vos ter incomodado demais),

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Criancinhas fazem mal à saúde...

E devido a problemas de saúde o papa resigna-se. A minha teoria é que ele vai de férias para a Holanda e aproveita para salvar as pobres almas das prostitutas enquanto fuma umas cenas só para retiro espiritual. Eu sabia que o padre brasileiro iria inspirar muitos colegas de trabalho ao espalhar seu sémen sagrado.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Há um ano.

Há um ano, por esta altura estava eu em estado de choque. O meu irmão tinha sido então operado no dia anterior e ainda não havia notícias do sucesso desta operação. O hospital era uma porcaria de uma desorganização que já me estava a fazer confusão e a tirar-me do sério. Contudo, há um ano, hoje era o dia a seguir à grande operação do meu irmão. Era um dia tenso e agora que me lembro rio-me disto tudo. A primeira coisa que ele me disse foi "Quando acordei ainda estava todo aluado da operação, tentei pedir um livro e não me saia nada". E isto deixou-me em estado de choque. A sério.
Mas para perceberem esta história toda tenho que recuar mais um pouco, há um ano e umas semanas recebi uma mensagem electrónica, mais conhecida por «e-mail», escrito pela terapeuta da fala do meu irmão a explicar que a recuperação de o meu irmão estava a ser um processo muito lento e colocar os nossos pés no chão explicando que era muito improvável o Eduardo recuperar os movimentos do lado direito do corpo e o provável era que ele não recuperasse a fala, pelo menos não a um nível normal e ia demorar.
Após isto deram-me a notícia que ele ia ser operado e levar uma placa, na viagem a Inglaterra assisti a um par de sessões do meu irmão, a mais chocante foi mesmo a terapia da fala, onde assisti ao meu irmão a não conseguir dizer varias palavras, tanto em português ou inglês. Porque uma coisa é ter a noção das coisas mas assistir era só cruel e as palavras da terapeuta da fala tornavam-se reais e a esperança extinguia-se. 
Ano passado, tanto a ceia de Natal como o meu aniversário foram passados longe dos pais e irmão mais novo mas recebi a melhor prenda de todas, o meu irmão acordar anestesiado de uma operação e começar a falar. Há quem tenha noção de estilo, e diga coisas úteis para a memória ter muito mais impacto, mas não sejamos exigentes, para quem no dia anterior não era capaz de dizer pente, "Quando acordei ainda estava todo aluado da operação, tentei pedir um livro e não me saia nada" foi bastante bom.
Este ano apercebi-me que esta história é só agora uma história atribulada que não fez sentido do início ao fim, mas ao ler a mensagem de parabéns do meu irmão fico feliz por ver a recuperação.

Entretanto lucrei um bilhete para um dos melhores festivais da Europa, o que é fixe e uma grande prenda de aniversário. Obrigado velhadas!

Para além disso há um ano a minha mãe não tinha facebook, hoje já não digo a mesma coisa. Mãe: não tens idade nem te falta juízo para te meteres no facebook, mas se me deixares comer vaca(s) durante a quaresma, eu torno-me teu amigo!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Parabéns Zé Bode

Bons dias,

primeiro que tudo, Parabéns David!
Faz hoje 23 anos estava a minha mãe aos berros para pôr um puto fora! Esse puto deve ter sido trocado por outro na maternidade que o que calhou à família não tens o cabelo nem os olhos da cor certa.
Trocado ou não, têm sido 23 anos muito porreiros!

Há uns anos tinha decidido oferecer-lhe bilhetes para ir ver o Foo Fighters e Iggy Pop. A dada altura decidi dar umas férias ao cérebro durante uns tempos e não pude ir ao concerto. Como eu não ia o David também não teve vontade de ir para ir tentar convencer o meu cérebro a não tirar férias muito tempo.
Pela altura do aniversário dele decidi que era tempo que o meu cérebro voltasse e fui acorda-lo numa mesa de operações. Há conta disso o David não teve direito a festejar o aniversário em condições porque foi lá dizer aos médicos que eu queria e merecia ser operado. Eles não acreditavam em mim porque se o cérebro estava há tanto tempo de férias já não tinha direito a tomar decisões só por si.

Tudo somado acho que não dei um grande ano ao David... Mas agora estou melhor, e parvo como sempre fui, e achei que era bem dar uma compensação ao meu querido irmão por causa desta história toda. Isto foi o que achei que era uma boa ideia:


Vai ser genial. Uma semana a acampar na Hungria num dos maiores festivais de Rock da Europa. Se alguém decidir aparecer por lá digam qualquer coisa na altura, 5 a 12 de Agosto.
Quem está por Portugal agora, a ver se vão sair com o puto hoje! Ele merece.

Um abraço e como dizem na música do fim,

"So what we get drunk?
So what we smoke weed?
We’re just having fun
We don’t care who sees
So what we go out?
That’s how it's supposed to be
Living young and wild and free"

sábado, 2 de fevereiro de 2013

.|. para toda a gente

Bons dias,

no outro dia decidi mudar de telemóvel aqui em Inglaterra. Como aprendi há algum tempo, uma das coisas básicas que todos os telemóveis têm que quer é a capacidade de escrever o símbolo "|". Normalmente todos dão mas havia um Huawei que não e agora é uma coisa que verifico sempre...
E vocês perguntam: "Porque é que precisas de um símbolo que é um pau direito?" A minha reposta é simples, dá muito jeito quando queremos representar um pirete (ou manguito) numa mensagem de telemóvel  .|.
Isto fez-me pensar um pouco mais em manguitos (comentário esquisito mas eu já explico). O meu telemóvel tem 27 smiles que na realidade nem são todos caras amarelas a rir... Também tem desenhos de corações, lábios, dinheiro e caveiras (muito importantes quando se está a falar de uma relação longa). E claro que as caras também só são amarelas às vezes. Para dar a impressão de que se está com diarreia também há verdes. Vermelhas para chateadas e azuis para tristes... Também há uns roxos mas não percebo bem para que é que servem (se uma miúda ler isto e, como é sempre, perceber mais das emoções das pessoas ou das cores do mundo em geral diga-me o que quer simbolizar uma cara roxa).
Esta história dos símbolos é só para dar a entender que temos muitos símbolos para muitas coisas lá guardados. O símbolo que nos falta é um pirete. E é um símbolo muito importante nas comunicações por telemóvel...
Quantas vezes não estiveram em situações em que a forma mais fácil de explicar o que queremos dizer numa conversa é simplesmente mostrar o dedo. Em conversas por mensagem provavelmente já estiveram em situações parecidas e no Facebook ainda pior... Por isso, espero ter-vos convencido, para as imensas vezes que o pirete é preciso numa mensagem era bom ter um desenho que o representasse... Amarelo para manter a tradição (ou então roxo se houver uma razão boa para isso).
Acho que a única maneira de isto acontecer é começar-mos a usar mais vezes o símbolo .|. E ainda por cima há o pormenor dos Ingleses não fazerem manguitos como nós mas levantarem o indicador para além do dedo médio (relacionado com cortar os dois dedos aos arqueiros na guerra). Por isso se eles usarem o ||. deles mais vezes que nós o nosso .|. ainda vão ser assim os desenhos que um dia vão começar a existir.

Vá vão fazer .|. a toda a gente a ver se o símbolo aparece,
.|. e um abraço,

PS: decidi pesquisar imagens com a frase "piretes e manguitos" no google e esta foi a melhor que apareceu,


Origami

Introdução :
Ando a ler um livro sobre Origami, é bastante interessante, provavelmente foi a prenda mais genial que me conseguiram dar até hoje e foi o meu irmão que me ofereceu.

Desenvolvimento:
O livro chama-se "Origami Design Secrets - Mathematical Methods for an Ancient Art" escrito por Robert J. Lang, revela bastante os segredos da arte que eu prezo mais: dobrar papel.
Resumindo o livro, ele explica detalhadamente origami, começa com pequenos passos e vai evoluindo rapidamente origami fora. Está perto de ser uma bíblia do origami.

Não existe justificação porque gosto de origami, gosto de dobrar papel e este livro tem-me impulsionado, para criar os meus próprios modelos nesta arte. Não sei se alguém no mundo já os tenha feito, não sei se essa pessoa desenhou instruções para tais modelos, mas retirando alguma informação útil do livro consegui fazer o seguinte:


A ideia é ser um pássaro plano que também serve de marcador de páginas, contudo senti-me insatisfeito, é parolo mesmo que funcional, cumpre bem o seu dever como marcador de páginas e até é minimamente fácil de fazer, mas não atinge o estatuto de arte. (talvez o converta numa tartaruga gigante, também marcador de página, percebem a ideia)
Por isso numa investida de 2 ou 3 horas com um quadradinho de papel acabei por criar isto:


O objectivo era fazer uma flor que servisse de marcador de páginas também, contudo pode ser uma rosa cardeal das mais simples, uma estrela do mar, ou aquilo que a imaginação do leitor desejar, afinal de contas, o origami é mesmo isso, basta uma folha A4 e 1 dobra para fazer um elefante (sendo necessário que a audiência tenha a mente fértil. Está mais perto de arte que o primeiro, e eu quase que me sinto orgulhoso de mim próprio.
Convido o leitor a lançar-me um desafio para criar um origami, muito provavelmente não irá ser correspondido devido à minha falta de habilidade, mas o que gostaria ver feito em origami?

Conclusão:
O livro que o Zé comprou há anos atrás para ele ler e nunca o fez, atingiu hoje um propósito, servir de apoio à minha flor/estrela do mar/chapéu do bobo da corte!
Já agora, amanhã tenho que escrever um relatório, e estive agora a treinar. Digam lá que não sou uma porcaria para escrever relatórios?

P.S.: Estou cheio de sono e isto deve estar cheio de erros. Quem encomtrar um erro paga finos a todos os leitores do blogue!
E isto talvez tenha sido escrito, ou não, segundo o acordo ortográfico. Como der mais jeito.