segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

À luz das velas!

Este fim de semana a minha terrinha (e não só) foi atingida por um vendaval enorme e uma das consequências foi ficar sem luz de sexta até domingo (quando voltei para Coimbra, tanto quanto sei a aldeia ainda está às escuras) e foi algo muito diferente. O que aconteceu primeiro foi aperceber-me que não tinha direito a internet, depois apercebi-me que também não tinha direito a computador e então resignei-me à leitura que só podia fazer nas escassas de luz de inverno. Depois apercebi-me que também não havia direito ao luxo que é um banho de água quente, o qual o leitor pensará que tomei banho de água fria mas engana-se, porque decidi num acto de protesto contra a meteorologia não tomar banho. Não é tudo mau, andei a criar imunidade durante o fim de semana.
Como leitura era algo penoso para ser feito às luz das velas, virei-me para o origami, cujo o tacto até vai facilitando o trabalho. Mais tarde falarei dos meus feitos nesta arte, ando a seguir o livro que o meu irmão me ofereceu, e aquilo é genial e acabei por inventar um modelo meu que ainda pretendo melhorar. Foi produtivo.
Foi engraçado e tanto quanto soube, não existiram baixas para aquela zona, só o aborrecimento de casas levarem com meia dúzia de pinheiros em cima, não existir rede móvel nem electricidade e senhores que não conseguiram tirar a viatura da garagem para ir à missa. A vida continuou normalmente para além destes percalços.
Eu lembro-me ser miúdo e ficar sem luz várias vezes ao ano devido ao mau tempo mandar um pinheiro contra os cabos da electricidade, mas quando se é miúdo não ter luz é algo pouco importante, pois ainda não tinha computador em casa, não tinha internet e o telefone trabalhava na mesma. Estava habituado a actividades que não necessitam de luz e era feliz, este fim de semana senti-me aborrecido por não poder  desperdiçar o meu tempo no pc.
E à luz da vela apercebi-me quanto é que nos tornamos dependente da luz e esquecemos das pequenas coisas da vida que nos fazem realmente bem e felizes, porque à luz da vela tudo fica mais romântico e humano! Jantar fica romântico e até falar com pessoas que não tomam banho há três dias fica romântico!
Tive aquela sensação de viver à antiga, reviver um pouco da minha infância, lembro-me ainda de ser miúdo e o meu pai dizer "Só te lembras de santa Bárbara quando troveja, não é?" e eu dei por mim sentado na poltrona a rezar para que a casa de banho não explodisse por ter uma vela acesa ao meu lado! Já não rezava assim há uns tempos!
Foi um fim de semana engraçado e o melhor de tudo é que não fui obrigado a assistir à casa dos segredos.
Vou começar a contar os meses, desconfio que daqui a 9 vai ser mulheres a parir em todo o canto e esquina! Não estou a dizer que se pine mais quando não há luz, apenas é mais difícil encontrar os preservativos às escuras, todo o rapazinho sabe disso.

sábado, 19 de janeiro de 2013

O Sr. Boneco de Neve

Boa noite,

hoje nevou imenso (ao ponto de não haver autocarros para a universidade!) e quando começa a não haver aulas as pessoas fazem aquilo que podem fazer nestes dias. Lutas de bolas de neve, figuras de anjos no chão e bonecos de neve... Ver bonecos de neve lembrou-me duma história de infância.
Há muitos, muitos anos, quando eu ainda era puto e vivia no Luxemburgo, um dia (estranhamente) nevou lá por aquelas terras... Eu e o meu irmão ainda tínhamos idade para achar genial andar a brincar na neve por isso lá foi o nosso pai connosco fazer um boneco de neve e andar de trenó.
Supostamente o boneco de neve estava espectacular... Uma cenoura para o nariz, um chapéu e um cachecol. Isto são coisas que me contaram porque, tendo menos de cinco anos na altura, há muito pouca coisa da qual não me lembro!
Lá fomos andar de trenó, quando, também por ter menos de cinco anos, decidi fazer como se fosse um desportista radical e andar sem segurar o trenó... Obviamente não correu assim tão bem e acabei por acabar com o nariz na neve!
Nessa altura, como qualquer puto daquela idade, tive a reacção típica... Chorar como um perdido e decidir ir para casa. O meu pai acho que ainda me tentou acalmar um pouco mas eu estava convencido que o melhor para mim era afastar-me da neve e ir para o pé da fogueira.
Ia todo revoltado com a neve e quando passei pelo boneco de neve decidi dar-lhe isso mesmo a entender... Um pontapé nos tomates que o deixou a olhar para o céu.
Passadas umas horas quando o meu pai e o meu irmão decidiram ir para casa viram como tinha deixado o Sr. Boneco de Neve. Logo a seguir tive direito a uma costa de mão pelo meu pai! Esta é uma das poucas memórias que, mesmo não sendo suposto, tenho daquela idade... Para além dessa só me lembro de uma vez apanhar a filha do patrão da minha mãe a fazer topless junto à piscina (talvez explique algum problema que eu tenha a lidar com mulheres).
Pensei nisto hoje porque quando estava a chegar a casa havia um boneco de neve, bastante grande, junto à entrada e o meu pensamento foi exactamente "vais levar um biqueiro!" Depois olhei para trás a ver se o meu pai não estava e como achei o momento engraçado acabei por poupar o Sr. Boneco de Neve. Fica para a próxima vez.

Um abraço,

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

"Stealing Craft"?

Hi everyone,

today I was looking for a video of a Portuguese music (by Wraygunn) called "Love letters from a Mothafucka". It's a very nice music (you must listen) but I couldn't find any video clip of it... I remembered then that it was soundtrack for one of the best Portuguese movies ever made, "Arte de Roubar". I decided to try to find the scene of the movie (on youtube) where you listen to the song so I could show my friend.
I haven't find the scene yet but I found out that you can watch the entire movie online


The title is in Portuguese, it means something around "Stealing Craft", but they talk in English during the whole movie. It's a must see so waste two hours of your life to see how cool Portuguese films are.

All best,

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Neve

Bom dia,

isto foi a primeira imagem que vi pela janela quando acordei hoje de manhã,


Nevou até pouco depois da hora de almoço e fez com chegasse à universidade cheio de neve na cabeça. Ainda ouvi gente a gozar com quão felizes as pessoas estavam porque era a primeira vez que viam neve na vida.
Era verdade, eu dizia mal da vida por estar um frio enorme mas se é a primeira vez que vês neve tens de fazer bolinhas e atirar aos amigos ou fazer um boneco de neve (e havia muitos hoje). Pelos comentários deles gozei um pouco com os ingleses também.
Não podem dizer coisas dessas sobre a primeira vez que alguém vê neve quando se portam como portam quando vão a Portugal e é a primeira vez que vêm sol. Se bem que ver sol implica apanhar a bubadeira e escaldões o que é mais divertido que fazer comer neve na cabeça e tirar fotos a tudo...
Pelo menos hoje já parou de nevar e um dia de neve para toda a gente ficar contente é suficiente por isso espero que não volte.

Um abraço,

domingo, 13 de janeiro de 2013

Aeroportos (de novo)

Bom dia,

já lá vai algum tempo desde que escrevemos no blog mas sabem como é, férias é comer, dormir e sair (só um bocadinho). Escrever pode sempre esperar por outro dia... e esse dia é hoje.
Muitas ideias foram passando pela cabeça, e muitas tenho aponte no telemóvel por isso qualquer dia escrevo mas logo a seguir à viajem é sempre bem falar do aeroporto.
Desta vez nem vou dizer nada sobre a segurança e o facto de a cabeça apitar, acho que vai ser sempre assim por isso não há nada mais a dizer. O melhor nesta última viajem foi uma senhora com um saco enorme cheio de maças e feijão verde.
Eu não vou dizer que é uma má ideia levar frutos e legumes para uma visita a Inglaterra. Mais que normal seria trazer bacalhau e couves para fazer Bacalhau à Brás e caldo verde mas maçãs e feijão verde também pode ser aceitável... 
Há uns anos atrás levámos um monte de chouriças e pão que supostamente eram só para o lanche (ainda no aeroporto), mas como as contas não foram bem feitas sobrou muito e lá calhou a uma rapariga levar aquilo tudo na mala. Não houve problema e assim ainda houve outro lanche de pão com chouriças, o chato é ter esta decisão quando se vai voar na Raynair e se leva um saco enorme de feijão verde.
Caso os sacos sejam demasiado grandes é preciso pagar 50€ para serem postos no porão e embora houvesse muito feijão verde acho que ainda não estava perto dos cinquenta euros (acreditem em mim, eu já vendi fruta muitas vezes).
A senhora acabou por decidir não levar a fruta e os legumes mas sim dar aquilo à senhora que andava a limpar o chão no aeroporto. Eu até fiquei mais descansado porque como me disse o meu irmão, se há forma de fazer bombas com mais de 100ml de água (que justifica porque não a podemos levar), se calhar também há forma de fazer uma bomba com montes de feijão verde...
Provavelmente a senhora só não rebentou o avião com feijão verde porque não queria ter de pagar 50€ para isso, que sorte... Mas daqui a uns dias ela há-de voltar a Portugal e se conseguir comprar legumes baratos aqui na Inglaterra ainda vamos ouvir falar da grande terrorista do feijão verde.

Um abraço,